quarta-feira, 16 de julho de 2008

Efêmero

Será que realmente existe o "felizes para sempre"? Será que os contos de fadas com finais feliz depois de um tempo se tornam realidade mesmo?
Acho que não. Talvez a nossa vida esteja exposta em uma estante de supermeracdo, ao lado dos alimentos perecíveis, onde todos ali, tem uma data de validade pré-estabelecida.
Faço uma retrospectiva, e vejo quantas coisas que eu julguei eternas, e que foram efêmeras. Um dia, tu simplesmente acorda e "plum", tudo aquilo acabou. E o que fazer agora? E o que fazer um ano depois que acabou? Será que devemos encaixotar todos os sentimentos vividos e descartar junto com os alimentos fora de validade? Ou será que devemos cultiva-los como prova da intensidade com que aconteceram?
Engraçado é quase um ano depois, tu te deparar com essa situação, e não sabe qual a resposta. Até hoje não tive coragem de rasgar as velhas notas de supermercado que a um ano atrás comprei. Mas qual será a razão disso? Se foi tão efêmero, já passou, pq não consigo simplesmente rasgar essa nota e ir as compras novamente? Se foi uma felicidade instatânea pq estou gastando meu tempo digitando essas palavras ainda?
Talvez eu ainda tenha desejo dessas comidas que não possuo mais na minha dispensa, mesmo sabendo que elas me causariam indigestão.
O ser humano é um "bicho" engraçado, sabe tudo que lhe faz mal, mas memso assim, insiste nos erros. Até hoje a ciência não desvendou esse mistério, mas tenho certeza que é porque o ser humano sente prazer em sofrer. A gente sabe que a comida está estragada, ve que o aspecto não está saudável, e mesmo assim, insiste em comer.
Amanhã é dia da horta, sei que o repolho estará em promoção, mas depois de um ano, ta na hora de pesquisar por outras hortaliças....

sábado, 5 de julho de 2008

Adiando

Sempre fui perdida pra datas. Nunca soube responder a tradicional pergunta "Que dia é hoje?" desde que eu sai do colégio e não precisei mais escrever a data, por extenso, todo dia no caderno. Na faculdade, nunca coloco data nos cadernos...E sempre acabo me perdendo no meio das matérias misturadas.
Bom, hoje é dia 5 de julho de 2008, já se passaram 5 meses desde o início do ano e o sexto em breve, também já estará passando. E tu, fez o que nesse tempo todo???
Eu adimito que não fiz praticamente nada. Não que eu não tenha feito nada, mas diante de todas aquelas promessas que a gente faz de ano novo, acabei não colocando nenhuma em pratica. Qual será o principal motivo? Acho que preguiça mesmo... E essa preguiça me dominou tanto, mas tantoo que acabou mudando o rumo de todos os meus planos. Alguns tive que abandonar, outros, quando quase tudo parecia perdido, consegui encontrar um porto seguro para ancorar meu barco. Mas por que essa mania que a gente tem de ficar adiando as coisa, de empurrar tudo com a barriga??
Vejo algumas amigas, que são todas organizadas, metódicas, que cumprem a risca sua agenda, seus planos, suas metas, e eu aqui, adiando por mais um ano aquela cadeira na faculdade que não considero tão importante, aquele retorno no antigo estágio para ver a quantas anda o meu antigo projeto, aquela viagem de fim de semana pra visitar tooooodaaas as minhas amigas que foram morar na capital (e a maioria, já está quase saindo de la, e nem fui conhecer suas casas), aquelas lições chatas do inglês que nunca faço em dia (e no final do semestre sempre acumulam e quase enlouqueço fazendo todas elas em um dia) e milhares de outras coisas bem mais futeis que poderia citar.
Essa mania de adiar tudo me persegue, se enrosca nos meus tornozelos e me deixa imóvel diante de toda essa situação. Ela é mais forte que eu. Adio tristezas, felicidades, sonhos, amores e tudo mais que for possível adiar.
John Grogan, em "Marley e eu" (excelente livro, recomendadíssimo!!!) fala, em meio as suas narrações sobre a vida de seu cão , que adiar as coisas, é prolongar o sofrimento. E é. Todas as coisas que eu adiei até agora, só serviram pra me deixar mais angustiada, mas insegura e mais confusa sobre que futuro terá tal situação.
Vou adiar também o final desse post, quem sabe um dia, se eu conseguir, consigo publicar as considerações finais sobre o assunto...
Por enquanto, vou vivendo no meio dessa confusão toda.